segunda-feira, novembro 27, 2006

poema


"Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco
conheço tão bem o teu corpo
sonhei tanto a tua figura
que é de olhos fechados que eu ando
a limitar a tua altura
e bebo a água e sorvo o ar
que te atravessou a cintura
tanto    tão perto   tão real
que o meu corpo se transfigura
e toca o seu próprio elemento
num corpo que já não é seu
num rio que desapareceu
onde um braço teu me procura
Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco"

Mario Cesariny
(1923-2006)

1 comments:

Anonymous Anónimo said...

E pk há gente k nunca morre...somente gente k se perde e gente k se volta a achar assim em cada linha. Um ser fora d comum foi encontrado p um ser extraordinário...e da fusão um imortaliza o outro e mostra cada dia mais fundo o ser k é...tao lindo!

30.11.06  

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