domingo, dezembro 25, 2005

Sinto-te no outro extremo, naquele que não se toca.
Aquele que não vejo. Onde tu estás.
Nos dedos toco partes das coisas que não levaste. Os olhos e as mãos.
Odor. Um bocado de coisas . A parte que me compõe.
Quando foste embora meti nos bolsos o que sobrou.
E tu não viste (viste depois?).
A traça voltou e pousou no coração. Abriu e fechou as asas.
Espalhou arrepios curtinhos ("tantos?"). E cravou as patas.
Viste? ("0 quê?"... as patas,claro. as asas, claro. a dor...claro).
Tentei expedir letras na propagação das ondas. Mandar-te o que cá deixaste.
Pedir-te o que levaste. A minha parte. A que me compõe.
Sabes? Não sabes ("não?" não... "como sabes?" não sei...)
Não sei.
Quando voltares, fica.
Se não ficares, podes ir.
Mas devagarinho.

4 comments:

Blogger Marisa Teixeira said...

Este texto fez-me quase chorar...sou msm lamechas. lol
Mto dolorosas estas palavras...
Sentidas...Senti-as cá dentro.
Lindo...

30.12.05  
Blogger Hugo Lourenço said...

'A distância é um fogo onde vou chegar, um abraço fechado para te levar'

Como percebo o que é pedir a laguém que vá de mansinho... é pena que vá sempre tão depressa..

beijinhos pukunina

3.1.06  
Anonymous Anónimo said...

Oh esquilo...o patinho vai-se anticipá,mas olha..............PARABÉNS!!!!Para quem não sabe, amanhã é o aniversarinho do blog-maravilha da minha mana. Fáxavôr de darem os parabéns!! *=oD Beijo,adoro-te muito,muito,muito,esquilinho!

Patinho

4.1.06  
Anonymous Anónimo said...

Adorei o texto,este e os outros todos, sinto as palavras que escreves, como se fosse eu a vive-las, como se fosse eu a protagonista...tão lindos! Parabéns

5.1.06  

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