segunda-feira, janeiro 29, 2007

Teve vontade de um balde gigante daquelas coisas vermelhas. Rodou os calcanhares, saiu de mansinho e mergulhou escada abaixo.
(baixinho)
Suportava na pele o estranho ardor das coisas que mexem. Um dedo mais teimoso na boca.
Na sua. O não seu (mas quase quase).
Falou até não poder mais! (até acena a cabeça!!! Será que bebe?)
Mas nunca se cala. E fala fala e ninguém entende.
(falas com os azulejos? Não falo, não!!)
Deu-lhe para pensar nisso. De como falar alivia.
(nunca dizes nada!)
Digo sim. Tu é que não ouves.
Deu-lhe para pensar. De como as palavras soam de trás para a frente. De quantas letras têm.
Quantas sílabas.
De ver coisas.
(Mas tu não vês?? Não sei do que falas).
Não faz mal.
Escada acima percorreu todos os baldes de coisas vermelhas.
Pé ante pé.
De mansinho.