segunda-feira, abril 12, 2010

:¨.



que deleite essa tua insipiência!
nutrindo a alma de almas vãs
quase não dormes
quase não comes
amorfa insonsa
ocasionalmente

ora! definir não se te é problema!
pois que nada o é
nem definido
tampouco problema
quando e se gasta estás
de um verde concúbito
de origem demarcada
v.q.p.r.d.
de tão raro se não bebe
de tão precioso se colecciona

intocável versão
podia fazer um cardápio de fêmeas!
não te apraz, quase-rapaz?
manifestas e repreendes-te
a voz alta é a da frustração
não a da verdade

e enfim a que te equivales?

tu, uma inapta sexual
ela, uma assexuada visceral
por correspondência
a amar três paralelas abaixo
ainda que na ausência

numa manhã quase perfeita
em que dormiste na esplanada
explanaste-te
a acreditar que talvez o amor possa existir um dia
felizmente percebeste que não a tempo
e desta vez não morreste
mais uma vez