quarta-feira, junho 22, 2005

Não sei...

Bato-me (juro que sim!) contra eventuais potenciais sentimentos de dificil definição. Defini-los será fraco e agressivo, utópico dos chás que criam e recriam curas para tudo; ainda mais na subjecção de quem sente porque sente e, por muito que transpire, não entende ao certo o porquê. Inventa-me, insisto, uma zona de pseudo-aborrecimento, onde o dia seguinte seja a cópia do hoje, em que a surpresa fique presa onde ela bem quiser, se tanto o deseja (eu espero que sim...). Enquanto tu, indefinição, continuares a morder-me o lóbulo, acreditarei que tudo faz sentido, que é possivel sentir sem que a razão seja chamada a depor, sem que as palavras encurtem e sufoquem o sopro interno. Se distancio e te escondo, acreditando que também tu cais nessa de que tudo é fácil, que tão pouco te sinto e a ela... custa mas resulta, e por muitas letras que cuspa, parece em vão tal audácia, tal mostrar o que se tem e o que já se não tem porque, superando-me, esse ignorar constante do que corre dos pés à cabeça é mais rubor e suor e terror de que um dia tudo se revolva e que no lugar do vazio se plante, em rasos canteiros, qualquer bolbo que adivinhe um dia mais azul.