sábado, março 26, 2005

Da varanda para oeste brotam bocados desse sindrome de vazio acalentado pela ausência de um outro. Um outro que, por vezes, se confunde nos ombros e nas costas, e cuja alma transmigra e se reflecte em cada passo, da pele ao epicentro, correndo em gotas pelo corpo. Imaginam-se sorrisos, marcando este ou aquele momento em que o corpo se encontra isolado mas o coração não. O calendário coça-se e espirra; é alérgico ao ontem, muito mais ao amanhã. E daí esta inércia, este marasmo e os dias não passam ritmados, os minutos mordiscam os dedos e estes folheiam, com pressa, versículos heréticos e folhas nuas, e correm, sentindo em sintonia esta falta de algo. A vida emerge ao longe. E do longe ao aqui palmilha serras e mares; planícies de gente palmilha a única verdade que não mata mas afoga: a saudade.

1 comments:

Anonymous Anónimo said...

Oh skyle,ce escreve coisinhas tao bonitas...mas isso de ce ter saudades minhas não tem cabimento, porque eu tou aqui, sempre pertinho!Vá,chora mais de saudades minhas não,tá?E dá abraço ao polvo... Beijo

Polvinho

6.4.05  

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