terça-feira, julho 05, 2005

Tempo.

Por matar passam os dias, revolução interacção de ponteiros ferrugentos. Na redundância tropeçam gases raros, como se por um momento o sólido se evaporasse em longos fios de ausência permanência... indiferentes somos e indiferentes estamos, acreditando ser assim de modos simples o simples de nada saber.
Ignoro.
O tempo comprime, o tempo expande, numa análise formal de quem formas reconhece mas lentamente perde a percepção do conteúdo. É o frágil de tudo abraçar, como se num minuto toda uma fita rodasse em analepse, cortando o essencial, recortando o acessório.
Penso que se confundam esquemas.
Nas mãos, essas que contemplam no sentido mais lato que é o sentir do tacto, inscrevem-se profundas as linhas aleatórias... não posso, não me revejo no reverso. Não é fácil, não é...
Procuro em livros o pão da vida, como se cada pergunta que coloco tivesse, algures no planisfério, uma resposta directamente proporcional. Se defendo que o número de átomos é limitado e que se um nasce um morre, na mesma balança busco todo o saber que em dúvidas (o outro polo; o antípoda; o oposto) me vestem de ignorância.
Serei o inverso? Ou o espelho do que tudo esconde? Medo? Vergonha camuflada, o sentir discreto e profundo... declaro legítimo meu, que sou asas de cera, penas alheias, ideias amenas, tudo o que me revolva em berros transmito! Quantas vezes, quantas (sobram dedos!) ponderaste cada caracter, unidade de informação que me poupasse a histerias de quem tanto brada mas a quem nada toca? Marcam passos, esses tics esses tacs, e nem de mim fogem... que fugisse o mecanismo quando ao lado nada de novo! E que parasse, congelasse, demarcasse uma posição radical, de quem não foge porque ainda tem algo para dizer!