sexta-feira, setembro 25, 2009

esta posta foi removida pelo seu autor

segunda-feira, setembro 21, 2009

7. este é para...

a carol!



a minha amigalhaça magricela! ;)

quarta-feira, setembro 16, 2009

não consigo explicar

mas às vezes dói-me o coração.

terça-feira, setembro 08, 2009

6. este é para...

o Madurão!



Porque és um bacanaço da melhor espécie!
e mereces, tu mereces tudo!

;)

segunda-feira, setembro 07, 2009

Insistimos??


Que concerto maravilhoso!


obrigada, casanova! :)

quarta-feira, setembro 02, 2009

o senhor que escreve #2

Quem deita sal na carne crua deixa
a lua entrar pela oficina e encher o barro forte:
vasos redondos, os quadris
das fêmeas - e logo o meu dedo se põe a luzir
ao fôlego da boca: onde
o gargalo se estrangula e entre as coxas a fenda
é uma queimadura
vizinha
do coração - toda a minha mão se assusta,
transmuda,
se torna transparente e viva, por essa força que a traga
até dentro,
onde o sangue mulheril queimado
a arrasta pelos rins e aloja, brilhando
como um coração,
na garganta - o sal que se deita cresce sempre
ao enredo dos planetas: com unhas
frias e nuas
retrato as lunações, talho a carne límpida
- porque eu sou o teu nome quando
te chamas a toda a altura
dos espelhos e até ao fundo, se teus dedos abertos tocam
a estrela
como uma pedra fechada no seu jardim selvagem
entre a água: tu tocas
onde te toco, e os remoinhos da luz e do sal se tocam
na carne profunda: como em toda a olaria o movimento
toca a argila e a torna
atenta
à translação da casa pela paisagem rodando sobre si
mesma - a teia sensível,
que se fabrica no mundo entre a mão no sal
e a potência
múltipla de que esta escrita é a simetria,
une
tudo boca a boca: o verbo que estás a ser cada
tua morte
ao que ouço, quando a luz se empina e a noite inteira
se despenha
para dentro do dia: ou a mão que lanço sobre
esse cabelo animal
que respira no sono, que transpira
como barro ou madeira ou carne salgada
exposta
a toda a largura da lua: o que é grave, amargo, sangrento.



Herberto Hélder - (simília similibus)

parabéns

o carlos pires é, provavelmente, a pessoa mais fantástica que alguma vez conheci.
não sei quantos anos fazes mas pela tua cabeça dar-te-ia uns 30, já a esticar!

:)

photomaton & vox

um dia perdi um moliére.
antes já perdera um livro sobre as esquerdas.
antes ainda um sobre as fp-25.
a mais recente privação literária foi o herberto hélder.

e eu interrogo o meu fecho-écler:

porquê, desgraça?

terça-feira, setembro 01, 2009

agosto

e assim se dissipa agosto
ainda desleixado e moreno nos ombros
num último suspiro ocioso e fértil

como um pai emigrado
(para alguns de nós só ausente mas à mesa)
diz-nos ao ouvido que o seu amor nos passeia

abraço-te salgada e tu voltas depois
nos bolsos guardo a saudade
como se antes nunca te vira

espero-te então nas voltas do mundo
bucolicamente presa a um ciclo
tu à minha esquerda e eu transparente