domingo, abril 09, 2006

Raquel

Amo-te desde aquele dia, o tal em que abri um olho, depois o outro olho, e te vi no umbigo em formato sangue-linfa-outros-que-tais.
Perco-me no tempo em que não estás. Ainda mais naquele em que vais.
Como nesse fim estival em que corria, perdida em lágrimas, rua acima só para te acenar um "até depois".
Até um tempo em que voltas.
Até ao próximo sorriso, brilho nos olhos, amor que a infância abraça até à morte.
Agora entreguei-te parte de mim, aquela que sabias viva mas que fingias nem notar.
Se vais agora, e sempre, sei-te cá, cada vez mais fluída nesse que nos une.
Ainda não inventaram o léxico que definiria o que te envio em elementos: és parte de mim.