quarta-feira, janeiro 11, 2006

Analepse II

E nesta saga oscilante mais não fiz que re-pautar as manhãs.
Uma a uma.
Desdobrei-me numa síntese quase monocromática ou de quem vê o mundo em negativo.
Perdi a percepção.
("outra vez?", senti-te interrogatoriamente, "porquê eu?")
Não escolhi (...juro!!...). Calhou na embalagem, naquela em que espreitei meses e meses e meses...
A culpa é dele, que foi antes de eu chegar. Foi, não foi?
E nesta nota, na mesma de sempre ("sol") compus-te em l e t r a s.
(que fogem...)
Depois já nada fez sentido. Porque as palavras perderam-se, esquivaram-se.
Desfizeram-se em qualquer coisa de que não sei o nome. Ou se tem.
Ou se lhe foi dado. Ou se poderia existir algum.
Um dia fez frio de manhã.


"Se fosses um nota musical serias um Sol"

quinta-feira, janeiro 05, 2006

Analepse

Um dia fez frio de manhã. Juntei um pé ao outro.
Os dedos. Os outros dedos.
Em monólogos pouco definidos repito fonemas e onomatopeias vivas.
Modelo ao dia. Repito. Defino.
Indefino.
No fundo oscilam vezes pautadas. Umas vezes. Outras menos.
Percebi depois que uma vez chegou e deixou um trilho daquilo que se sente quando já não se sabe bem o que se sente ou porquê mas que se espeta. Vezes x Vezes sem conta!
Outra vez.
Num cubo fez-se desfez-se cubos. Em capicuas nuas duas. Tantas.
("Rimas fáceis, calafrios...")
("...fura os dedos...")
Num cubo.
Trilhos de saudades.
Vezes.
X.
Dias re-modelados-re-definidos
-re-indefinidos.
Monólogos.
Dedos. Outros dedos.
Analepse num frame.
Um dia fez frio de manhã...