sexta-feira, junho 29, 2007

O corpo puxa-me pela perneira das calças.
Diz-me que está insípido.
Sem graça.
Explico-lhe que já não tem idade para birras de pré-adolescente.
Que fosse ele auto-suficiente e nada disto aconteceria.
Que a culpa não é minha se o mundo dos adultos que por aí se arrastam é assim.
Que se não for eu, ele é que paga!
Quero mar mar mar!
E eu, cara extensão, e eu!

sexta-feira, junho 01, 2007

Dois dedos

Naquele dia, o chão como que se desmembrou aos olhos!
Falavam de sonetos e hipálages desconcertantes.
Sexta e décima acentuada.
Metric(a) pautante.
Soube-se dar à respiração a inspiração.
Nariz-pescoço-ombros-pele.
Falas sonéticas hipalagicadas desconcertantínicas.
Moderadas pelo psicadélico fluir dos dias.
Como quem julga parado o globo.
Nenhuma rota em translação.
Mas a coisa dá-se, julgo escorrer no tímpano.
Julgo que se julga, do pouco ao nada das palavras soltas.
Fornecem-se partes. Sobeja a maior de todas.
pele-ombros-pescoço-Nariz
elep-sorbmo-oçocsep-ziraN
Quem poderá manter a lucidez?
Como encaixar em cada espaço a peça que se adivinha sua?
Porquê não ser assim?
Quando avaliar-depreender-compreender-submeter?
Onde estancar a fluência do que a alma pede?
Reclama?
Exige?
Brinde-se ao lead sintomático.
Cada um sabe de si.
Deus-morreu sabe de todos.

A coisa deu-se.